sábado, 10 de janeiro de 2015

Te disse que haveria de dizer-te sobre as cores

Te disse que haveria de dizer-te sobre as cores
Sobre todas elas,
Sempre, cores, cores  e cores.
Buscas os contornos, por que não?
Nesses devaneios é que
humano se faz...
faz... bem ou não ...
Nesses devaneios é que vão se fazendo cores
e sons, sem formas, this is it…
Volta, olha….
This is it!
,mas ainda do que havia lhe dito,
há, Ah, como teve cores bem mais legais que as que insiste em ver.
Im talking to you. Really, its nice…. Listen!
Era só para que visses outras cores…

E como precisou de noite
E todas as suas matizes
Para se apresentar enredo...

sexta-feira, 2 de janeiro de 2015

Adam ou o dia primeiro
Fez Deus o homem sob o cântico do sete
Da poeira sobre o árido solo da península
Pó que se faz barro, pois que
Em um ponto contíguo corria o grande rio
De quatro  braços; o que vem do éden, e
Que fertilizava em excesso de vida.
Foi então que sem visão dos nomes corretos
Diz-se do barro.
Do broto da fênix da colina perdida, é de onde
Virão os elementos em que
O Deus fez o espírito.
E após Adam, que quer dizer o Homem.
Mas o homem sem linguagem alguma
Saiu a nomear.

E foi-se a tarde e a manhã o dia primeiro Adâmico.

terça-feira, 20 de maio de 2014

O corvo relido – Anti-canto de mais um maldito

Aos que vêm nos malditos odes, temos revisitado como um verdadeiro espernear!


Aos que tenham lido o original e agora o lerão pela outra direção
O grande corvo foi relido
O grande último grito do corvo sobre
a Atena perdida
(porque não derrotada?),
que insistia em êxtase de melancolia
a instalar-se sob o pico de meus umbrais.
Era ela quem dizia 
"nunca mais";
Era o corvo quem respondia
"nunca mais";
Era ela quem a qualquer flamejo
jamais pronunciaria,
ou se pronunciaria
se acabaria.
nunca mais...

Retornando ao ponto da entre-lua
quando a descer não do céu
da charrua, entra, invade
sem qualquer tônus
vôo incerto-abandono
o meu corvo de apocalipse,
revivo o que ainda não me é lembrança.
A mesma amada semi-morta,
mas ainda ligada,
senhora do tempo e do destino
em seus últimos...
"nunca mais"...

Invoca, amada, clama,
inflama a grande noite,
responde ao uivo-luar
e lhe respondem
e se lhe transpiram, espraiam,
entoam ecoam o uivar.

E eu bem que queria, tracejei desde o
início, aquela ponta de euforia,
aquele último espernear,
que alegrias , ais
que alegrias, ais
Mas levantar-te-ás?
Nunca mais!


quinta-feira, 7 de abril de 2011

E o verbo divino disse:

_Haja luz.

E houve ...

“Mas poucos se deram conta de que

quando anoiteceu

foi uma parte do mundo que deu as costas ao sol.”

Leva esta mensagem, ó grande profeta.

Busca ressonância no coração dos homens.

Faz-nos crer novamente,

Revive a mesma semente

Daquele que outrora saiu a semear.

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

As pessoas cansaram de ver favela

As pessoas cansaram de ver favela.

Elas cansaram de ver favela

Favela, favelado,

Sujeira, besteira, palavreado.

As pessoas cansaram de ver favela.

As pessoas cansaram de ver o Brasil.

Fecharam a janela;

Shhh. novela

quinta-feira, 8 de julho de 2010

Peça à Deusa que te leve

Peça à Deusa que te leve

longe, ao universo infinito...

Onde não ressoe

nem um grito.

E que a leveza de ser breve,

e com a potência

do olhar de um anjo,

você retome todo o seu passado...

E sob o peso de se olhar;

sob a responsabilidade

de ver a vida além da vida,

Volta e diz:

“Meu amigo, quão ínfimo é o que podes ver.

Quão nada é o que podes ser

Diante da beleza

e da infindade do que é O infinito."

E toda vez que um pássaro cantar

e o seu olhar apenas (...)

Pensar em reprovar,

Sofra, por não saber voar.

segunda-feira, 15 de março de 2010

Ainda está sem título

Hoje eu tive tanto para dizer,

Mas em não tendo ninguém

Com quem eu pudesse dialogar,

Eu disse nada.

E sem metáfora alguma

Sem nenhum desenho

Sem nenhuma cor

Sem música

Somente...

E a quantos mais

Eu puder dizer

E a quantos mais

Puderem me escutar

Mais verdadeiro

Mais mentiroso

Mais belo

E mais odioso

Será o meu cantar.