quinta-feira, 26 de março de 2009

Amor... solidão.

Eu fecho os olhos para me inspirar e me vem amor.
Eu abro os olhos para escrever e ainda me vem amor.
Eu olho para o meu lado e apesar de não ter ninguém
Eu vejo amor.

Eu estou pronto para amar,
Ainda que seja o meu destino ficar sozinho.
Eu amarei com tanta paixão a solidão,
Porque sei ser somente uma ilusão.

Quem ama jamais está sozinho!
Quem ama é sempre amado!
E quem ama compreende e faz companhia à solidão...

domingo, 1 de março de 2009

Ainda sobre sonhos e nuvens...



SOBRE SONHOS E NUVENS

Por desacatar o natural
As nuvens invadiram a cidade.
Penetraram cada rua, cada casa:
Cerrou-se a paisagem.
Diante do meu olho, somente o branco
Branco fosco somatório de cor nenhuma

Saí a fazer as coisas que me cabiam,
Mas quando dei por mim
Estava preso diante da cegueira
De ver as coisas diante das nuvens.
Como quando acordamos de manhã
Sob efeito das impressões do sonho.

E em relacionar sonhos e nuvens
Que realizei que estava em sonho em vida.
Que vivia a vida em sonho.
Que vivia o futuro das coisas presentes.

E então tive que levar as nuvens
Que vieram dos meus próprios olhos,
Rumo aos céus, que são os meus céus,
Para me inspirarem,
Mas não me confundirem.


E a dor de deixar as nuvens
Não é maior
Do que a de viver as coisas
No espaço em que não as convém.